domingo, 11 de outubro de 2015

Vídeo Games podem virar tratamento para Dislexia




Um estudo controverso sugere que crianças com dislexia podem ler melhor depois de jogar jogos de ação de vídeo game.
A pesquisa foi liderada pela psicóloga Andrea Facoetti da Universidade de Pádua na Itália. Segundo Andrea e sua equipe “jogar em ritmo acelerado vídeo games Wii por 12 horas durante semanas aumentou acentuadamente a velocidade de leitura de crianças entre 7 e 13 anos de idade que possuem dislexia”. Os ganhos na leitura puderam ser comparados e até mesmo excederam os resultados de programas especiais desenvolvidos para tratar crianças com dislexia como foi reportado na revista americana Current Biology de 28 de Fevereiro.
Embora o novo estudo incluía apenas 20 crianças com dislexia, seus resultados nos dá evidências preliminares de que crianças com dificuldade de leitura possuem déficit de atenção. Facoetti enfatiza, “Estes resultados são claros o suficiente para dizer que os vídeo games de ação podem melhorar a habilidade de leitura em crianças com dislexia ao fortalecer a capacidade de monitorar objetos centrais e periféricos em cenas caóticas.”
O estudo teve repercussões controversas no mundo cientifico. O Psicólogo Nicola Brunswick da Universidade Meddlesex na Inglaterra afirma que “os pesquisadores testaram a capacidade de leitura dois meses depois, mas não conseguiram testar a compreensão da leitura”. Além do mais, o número de crianças submetidas ao estudo foi muito pequeno, sendo necessário mais dados para afirmar a eficácia do vídeo game no tratamento da dislexia.
A dislexia é mais frequentemente caracterizada por dificuldade na aprendizagem da decodificação das palavras. Pessoas disléxicas apresentam dificuldades na associação do som à letra (o princípio do alfabeto); também costumam trocar letras, por exemplo, b com d, ou mesmo escrevê-las na ordem inversa, por exemplo, “ovóv” para vovó. A dislexia, contudo, é um problema visual, envolvendo o processamento da escrita no cérebro, sendo comum também confundir a direita com a esquerda no sentido espacial.
Videogames de ação merecem uma análise como possíveis combatentes de dislexia, diz o neurocientista cognitivo Bruce McCandliss da Universidade de Vanderbilt, em Nashville. Mas o novo estudo não prova necessariamente o seu valor em dissipar graves problemas de leitura. Embora o processo da leitura tenha sido acelerado em crianças que passaram pela intervenção, muitos erros ao ler palavras sem sentido continuaram a ser cometidos.
Videogames de ação pode ajudar particularmente os maus leitores de linguagens que usam letras representando os próprios sons como os idiomas derivados do latim. Os pesquisadores do Instituto Cientifico de Medea em Lecco, na Italia, pretendem continuar os estudos para verificar a veracidade do tratamento

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