Ágape é o amor incondicional, o amor generoso, o amor sem limites,
puro, livre.
Estamos acostumados a viver em um mundo em que as pessoas
agem na expectativa de reciprocidade. A ação traz uma reação. Infelizmente, não
se encontra sabor em relações desinteressadas. A suposta amizade vive de
expectativas.
O que o outro pode me proporcionar?
Que ganho haverei de ter ao ir a tal evento?
Quem é fulano?
O que ele faz?
Tempos em que os adornos valem mais do que o essencial. Tristes
tempos. As amizades interesseiras têm prazo de validade, As relações são inconsistentes.
È comum, em um círculo de amigos, cada qual falar de si mesmo como um hobby.
Uma geração narcisista. O pronome mais utilizado é o de primeira pessoa; “eu”
tristes tempos, repito.
Tempos de escassez de atitudes de misericórdia - descartar
uma pessoa é mais fácil do que se desfazer de um objeto de estimação. Falta
estima pelo ser humano. Vivemos em uma sociedade em que o consumo coisifica a pessoa.
Quanto mais se tem, mais se deseja e, quanto não se tem o desejo também faz questão
de ficar.
Falta um sonho de vida e sobram angústias pela ausências
desse sonho.
Texto extraído do prefácio do livro ágape (padre Marcelo Rossi)
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